Passado e o presente

Cerramos nossos olhos vendo no passado bons tempos de noivado, vivamente juntos: Na sala; na cozinha; no templo, em tempo compassado. Senhor, não se zangue em nos ouvir mais uma vez esse fato: É que neste jogo do amor só aceitamos o Senhor e não é boato. Os anos correm e nós voamos como o vento. Nesse ínterim fazemos as palavras de Davi, as nossas: Já fomos moços hoje envelhecidos pelo tempo com pouco evento, mas com documentos e forças renovadas, porque somos amados do Senhor. Quão bons foram todos esses anos e até hoje a contentos. Para a felicidade a dois não há contra indicação; embora, hoje, um tanto alquebrados, mas não desequilibrados podendo fazer um quatro, usando as pernas se bem que podia ser com os dedos ou desenhando seria mais fácil. Amamos nossos filhos e os seus familiares. Eles são as razões do nosso viver. Por isso, Rute e eu somos uns eternos namorados sem o direito de cortar o bolo para o casal que depois de comer não saia falando. Vivemos por eles seguros de que Deus os guarda como a menina dos seus olhos. O tempo de vida deles é prova de que serão protegidos até o final. Foram pela graça e generosidade de Deus que ele nos fez ver este dia, marco inesquecível, 21 de setembro de 1998. Oh, quão grande é esse nosso Deus. Quarenta e seis anos de vida a dois! Muita água límpida já correu nesta vida. Oh, se não fosse à fé, o amor, a compreensão: O vento teria levado a casa de barro batido; de alvenaria; ou de madeira. Se não fosse o Deus de infinita bondade e compaixão que teve de nós, teríamos sido engolidos vivos. São verdades de que Deus nesta trajetória nos permitiu muitas alegrias, sonhos, não sem lutas renhidas, que até aqui chegamos. Até aqui nos ajudou o Senhor, bendito seja o seu santo nome. Obrigados nós, Pai do céu, por podermos ver este dia com muita lucidez. Éramos apenas dois; hoje somos catorze e o nome do último neto que chega até o dia 31 de outubro é: Leonardo M. Sousa Lisboa. Que sensação!