A mula de Balaão

A mula de Balaão. (Números, capítulos 22 e 23)

O que se pensa sobre os feitos de Balaão, e, o que se diz em relação a ele?

Li um pensamento assim: ”Quem pratica coisas boas e fica pensando no bem que fez, não é tão bom assim; e o que comete uma maldade, e não dorme à noite pelo mal  praticado, não é tão ruim como se imagina”.

Há quem se projete como judeu pensando usufruir do nome. Balaão não era judeu nem levita para fazer uso da palavra profeta.

Balaão em hebreu quer dizer: Devorador: Um tipo de profeta mercenário, que procura comercializar seu próprio dom. Ele não era judeu, mas conhecia o Deus de Israel. Nesse nome não só profetizava como também fazia sacrifício no intuito de barganhar aplacando a ira de Deus. Ele sabia que a sua desobediência lhe custaria um alto preço.

Balaque, rei de Moabe vendo a habilidade de Balaão em abençoar, ou maldizer chamou-o para amaldiçoar os israelitas, Num. 22.5.

A comitiva de Balaque fez-lhe uma oferta tentadora pelos seus préstimos.

Balaque pensava lutar contra Israel, mas primeiro queria que maus augúrios fossem lançados sobre esse povo a fim de se assegurar de sua vitória. Essa sua ação era produto da crença da época. Balaão pediu um tempo, para se orientar com Deus. Essa consulta era de araque, porque já não tinha aceitado a proposta de Deus por três vezes agindo conforme o seu coração havia determinado, apesar de ter dito: “Ainda que Balaque me desse sua própria casa abarrotada de prata e ouro, eu não poderia alterar a palavra de meu Deus, para aumentar-lhe ou retirar-lhe palavras” (Num. 22.18).

Suas consultas seguidas a Deus não eram senão para ver se encontrava uma brecha para amaldiçoar a Israel em troca de riqueza e prestígio humano.

Diante da insistência de Balaão, Deus mandou que ele fosse com a embaixada à Balaque com tanto que só falasse o que Deus dissesse.

Deus sabia que Balaão era um mercenário, falso profeta tão visto a ponto de aparecer em notas na epístola de Judas no versículo 11 em companhia com Caim. (ver 2º. Pedro 2.2,15-16 e Apocalipse 2. 14).

Balaão conhecia Israel e o seu Deus, mas mesmo assim queria o seu ganho arbitrário de ficar famoso, não importando conseqüências.

Balaque demonstra com essa sua ação de chamar Balaão que, entre seu povo não havia ninguém para amaldiçoar, nem mesmo para abençoar. Isto é não tinha poder para nada.

Aí se pode perceber a inutilidade dos ídolos. (Num. 22: 6).

Entre o conhecimento e o desejo prevaleceu a vontade de Balaão, de ser famoso, apesar de Deus ter-se revelado a ele em repreensões e orientações, (Números 22.12).

Para o povo de Deus não existe maldição. Pela terceira vez Balaão quis amaldiçoar, mas de sua boca saiu bênção porque assim Deus quis.

Deus prometeu abençoar a Israel através de Abraão e não seria diferente em toda a sua jornada.

“Deus não é homem para mentir nem filho de homem para se arrepender”

(Números. 23.19).

Contra o povo de Deus não existe feitiço, praga, maldição. “Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; neste tempo se dirá de Jacó e de Israel: Que coisas Deus têm realizado!” Números 23.23.        

Este assunto não se esgota em poucas linhas! Procure se inteirar e será abençoado.